TRABALHADORES RECEBEM TREINAMENTO DE PODA DE ÁRVORES E GRAMAS, NO PROSAMIM

Conservar e manter o verde no espaço urbano requer certos cuidados. Por ser um Programa de intervenção urbana e socioambiental o Prosamim se preocupa também em contribuir com a sustentabilidade dos espaços que constroi na cidade. Por esta razão, o consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento  (BID), Fernando Galli, que é engenheiro florestal,  conversou durante duas horas com equipes que executam os serviços de limpeza e conservação na cidade, através da Região Metropolitana de Manaus (RMM). A palestra foi uma solicitação do coordenador da Unidade de Gerenciamento do Prosamim, Frank Lima, ao especialista, que visita o Programa periodicamente para análise de impactos ambientais das obras.

As ações da RMM são feitas   conforme demanda das secretarias estaduais. Atualmente, conforme Jorge Pinto, subcoordenador da Unidade de Gestão Metropolitana (UGM), os mas frequentes serviços tem sido limpeza e conservação em áreas do Programa Social e Ambie

Especialista mostra efeitos ,nas plantas, de serviços realizados anteriormente

ntal dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM).

O especialista falou sobre a necessidade de cuidados especiais com poda de grama e árvores.

Na poda da grama ele frisou que é imprescindível o uso do assessório de proteção, existente nos aparelhos de corte. “Esta peça é muito importante pois evita que o gramado seja cortado muito rente ao solo que, geralmente, tem depressões. Quando a poda é feita em terreno irregular, segundo ele, o que ocorre é que este corte tira toda a palha da grama,pois vai até bem  próximo da raiz,  impedindo que a palha ajude no processo de  compactação  do solo.

Ainda no corte de  grama, a poda próxima à raiz dificulta o processo físico-químico da fotossíntese – momento em que a planta utiliza a energia da luz que absorve mais o  dióxido de carbono e água para obter a glicose que a sustenta.

Uma vantagem da poda feita com assessório de proteção no equipamento de corte , é que a grama fica mais alta e impede também que ervas daninhas proliferem rapidamente nos espaços.

Um dos trabalhadores da RMM, Elder Oliveira, lembrou que a poda de gramas é feita bem rente ao solo, na cidade, por causa do espaçamento de tempo com que  os serviços são realizados em cada área.

Galli observou que é importante não retirar as cascas que cobrem os caules de árvores pois elas é que permitem a passagem da seiva que a alimenta a planta.

O engenheiro florestal explicou ainda como se dá o processo de crescimento das plantas. Em altura, as árvores crescem pelas pontas, ou seja pelos galhos e devem ser podadas na copa antes que comecem a interferir em fiações de postes. Já durante o processo de formação do caule, deve ser empregada a poda de brotações laterais para permitir crescimento ereto da árvore.

No corte de galhos grossos, o engenheiro informou que as ramificações externas de uma árvore se assemelham às formações de raízes. Por isso, quando um galho grosso é cortado, a raiz que o alimentava também morre.

Ele citou situações freqüentes que tornam o corte de árvores perigoso. Se a poda for irregular, ou seja, o corte for sempre de um mesmo lado  a árvore irá crescer somente para o lado oposto, podendo gerar uma situação de risco, facilitando o tombamento, durante  tempestade, para o único lado que a mesma vinha crescendo. “Por esta razão, quando se faz poda de uma árvore temos sempre que observar o balanço harmonioso”, orientou o especialista.

Quanto a poda de galhos laterais os profissionais de manutenção e conservação  da RMM aprenderam que ela deve ser feita bem rente à região da casca do caule, pois só assim é facilitada a formação de uma nova periderme, impedindo que microorganismos invadam o ferimento e atinjam os tecidos mais internos da árvore.

Após a palestra os trabalhadores receberam também orientações ,em área aberta, onde o engenheiro Fernando Galli mostrou os efeitos,nas plantas e na grama, de podas e cortes inadequados.